Com a pandemia e a quarentena, muitas empresas adotaram o home office para evitar o contágio em massa. Muitos trabalhadores tiveram que improvisar, rapidamente, um espaço para trabalhar, geralmente na mesa de jantar ou cozinha e com cadeiras que não oferecem nenhum conforto ergonômico. “Com essa adaptação, o corpo todo pode sofrer as consequências, porém, a parte mais afetada geralmente é a coluna vertebral”, explica o médico Rodrigo Vetorazzi, coordenador da ortopedia do Hospital Albert Sabin, de São Paulo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 8 em cada dez pessoas sofrem ou sofrerão de dores na coluna em algum momento da vida. Existem dois grupos etários que se queixam mais desse problema: dos 20 aos 25 anos de idade e dos 40 aos 60 anos de idade. Vale lembrar que esses dados foram obtidos antes da pandemia/quarentena, portanto sem o advento do home office e os problemas acarretados por esse novo modo de trabalho.
“As consequências da postura errada, em ambientes não propícios para o trabalho, são dores, tensões ou contraturas musculares. Com o tempo, pode acarretar problemas mais sérios, como hiperlordose, escoliose, hipercifose, entre outros”, adverte o ortopedista.