A fadiga que não vai embora, a dor muscular quebrando o corpo, a depressão, a falta de um sono restaurador, as dores de cabeça que lembram uma enxaqueca, a confusão mental, a dificuldade para encontrar a palavra certa ou até mesmo para se lembrar das coisas, sem contar a incapacidade de sentir cheiros ou de reconhecer direito os sabores — boa parte das queixas de quem, um dia, viveu a experiência da covid-19 tem um fundo neurológico. Ou, precisamente, sete dos dez problemas mais frequentes em pacientes acompanhados até 100 dias depois da doença.
O Sars-CoV 2 apronta das suas no cérebro e, de quebra, nos nervos periféricos. Se não causa dano diretamente, o que ele desencadeia no organismo — como os trombos microscópicos e outros fatores atrapalhando a chegada de oxigênio, a invasão de células imunológicas na massa cinzenta e a famosa tempestade de substâncias inflamatórias — completa o serviço. Matéria completa na coluna Vive Bem do portal Uol