Consumir fibras pode diminuir o impacto da covid-19 no organismo. É o que revela um estudo da Universidade Estadual de Campinas, em que pesquisadores brasileiros constataram que compostos produzidos no intestino a partir da fermentação de fibras alimentares ajudaram a reduzir inflamações em pacientes com a doença. Para a elaboração da pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista Gut Microbes, os pesquisadores colheram amostras de tecido do cólon de 11 pacientes saudáveis. Nenhum deles havia contraído a covid-19 nem possuía alterações no intestino.
Foram coletadas também células epiteliais, que revestem internamente o órgão. Em seguida, as amostras foram infectadas com o vírus SARS-CoV-2 e divididas em dois grandes grupos: um de controle e outro que foi tratado com uma mistura de ácidos graxos de cadeia curta -AGCC. Os AGCC atuam no metabolismo e na regulação da resposta imune quando o organismo é acometido por infecções. Essas substâncias são produzidas a partir da ação de bactérias presentes na flora intestinal, que realizam a fermentação das fibras, um tipo de carboidrato encontrado em alimentos como frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais. Viver Bem Uol