O governo Central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, teve superávit primário de R$ 28,19 bilhões em outubro, ajudado por um crescimento nas receitas enquanto as despesas caíram fortemente na comparação com igual mês do ano passado, divulgou o Tesouro esta semana. O dado veio em linha com projeção de um superávit de R$ 28 bilhões apontado em pesquisa Reuters com analistas.
Em outubro, a receita líquida do governo central subiu 5,9% sobre o mesmo mês de 2020, a R$ 156,184 bilhões, com auxílio da arrecadação extraordinária de R$ 5 bilhões de impostos sobre a renda das empresas e aumento de R$ 7,9 bilhões na arrecadação relativa à exploração de recursos naturais, linha que tem sido beneficiada pela alta no preço do petróleo.
Já as despesas totais sofreram contração de 15,4%, a R$ 127,98 bilhões, fundamentalmente pela queda nos gastos associados ao enfrentamento da pandemia, que foram muito mais altos em 2020.
Em outubro do ano passado, o governo central registrou um déficit primário de R$ 3,419 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, as contas públicas acumulam um déficit de R$ 53,404 bilhões, ante um rombo de R$ 680,865 bilhões em igual etapa de 2020. Em 12 meses, o déficit primário é de R$ 123,2 bilhões, equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto.
Para o ano, a expectativa mais recente do Ministério da Economia é de um déficit primário de R$ 95,8 bilhões, número que foi melhorado em função do desempenho mais positivo que o esperado da arrecadação. Da CNN Brasil