Antes e depois do 5G

Agência Nacional de Aviação Civil considera realizar estudos sobre a possibilidade de interferência do 5G em aviões. A ideia é que a pesquisa seja realizada depois da implementação da tecnologia no Brasil para comparar o funcionamento dos sistemas antes e depois do 5G. As informações são do gerente técnico de Aeronavegabilidade Continuada da Anac, Nelson Nagamine, em entrevista ao Poder360.

Os estudos teriam o objetivo de confirmar a hipótese de que o intervalo de 500 megahertz entre a faixa utilizada pelos radioaltímetros dos aviões 4.200 a 4.400 MHz e pelo 5G no Brasil de 3.300 a 3.700 MHz seria suficiente para minimizar a interferência. Utilizados durante o pouso, altímetros medem a distância entre os aviões e o solo por meio de radiofrequência, sendo especialmente importantes em situações de baixa visibilidade….

Segundo Nagamine, a Anac deve procurar grandes operadores aéreos para coletar as informações que serão usadas na pesquisa, já tendo entrado em contato com a Latam. As conversas podem ser levadas adiante dentro do BCast Grupo Brasileiro de Segurança Operacional da Aviação Comercial, que reúne operadores. Procurada, a Latam afirmou que “acompanha o tema”.

“Estamos em conversas preliminares, o meio acadêmico já nos procurou, conversamos com operadores aéreos também, mas precisamos estruturar [a pesquisa]. Como o nosso 5G deve levar mais tempo para ser implementado, até lá pensamos em ter alguma coisa para suportar nossas decisões”, disse Nagamine. O 5G está previsto para entrar em operação até julho nas capitais. Poder 360