Estamos no “Agosto Branco”, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, doença que ocupa o posto de doença oncológica de maior mortalidade no mundo. Só no ano passado, foram registradas 1.794.144 mortes por câncer de pulmão, segundo o levantamento Globocan 2020, realizado pelo IARC, braço de pesquisa sobre o câncer da Organização Mundial da Saúde. E se nada for feito, esse número pode alcançar 3,01 milhões em 2040, um aumento de 66,7 % no número de mortes, de acordo com a projeção do mesmo estudo.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, são registradas cerca de 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão e são esperados para 2021 um total de 30.200 casos, 17.760 em homens e 12.440 em mulheres. “Se considerarmos que esse tipo de câncer está fortemente relacionado ao tabagismo, responsável pelo desenvolvimento de 85% dos tumores malignos do pulmão, ou seja, uma causa evitável, a realização de campanhas de conscientização como o “Agosto Branco” são de extrema relevância no combate à doença”, afirma o cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, Alexandre Ferreira Oliveira.
O câncer de pulmão acomete principalmente pessoas com mais de 65 anos. Porém, a doença pode acometer mais jovens, inclusive, com menos de 45 anos. De acordo com a American Cancer Society, a idade média das pessoas quando diagnosticadas é de cerca de 70 anos.