Preocupada com o panorama do câncer em tempos de pandemia, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica lança a campanha #ContraOCâncerESemCovid. O objetivo é fornecer aos profissionais de saúde e à sociedade civil informações relevantes sobre o novo coronavírus, promovendo debates acerca desse assunto e evidenciando o importante papel do oncologista neste momento. “Os oncologistas clínicos estão preparados para ajudar em ambas as lutas – porque, na verdade, ela é uma só: contra a doença e pela vida, de forma plena e segura”, afirma a médica Clarissa Mathias, presidente da SBOC.
Como primeiro passo da campanha, a SBOC realizou uma pesquisa entre seus associados para entender melhor os impactos da pandemia em cada canto do país. O levantamento foi respondido por 120 membros da Sociedade, que trabalham nos sistemas público, privado ou em ambos. Mais de 74% dos entrevistados informaram que tiveram um ou mais pacientes que interromperam ou adiaram o tratamento por mais de um mês durante a pandemia.
Entre as mudanças que a pandemia provocou ou acelerou, uma delas é o uso da telemedicina. No início de abril, foi sancionada uma lei que autoriza a prática da telemedicina para todas as áreas da saúde enquanto durar a crise ocasionada pela covid-19. Essa tendência realmente está sendo incorporada pelos profissionais, pois 64% dos oncologistas que responderam à pesquisa declararam que passaram a utilizar as teleconsultas.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica é a entidade nacional que representa mais de 1,9 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira.