O Brasil voltará da COP 28, o maior evento internacional para discussão da emergência climática, com um prêmio: de Fóssil do Dia. Na verdade, trata-se de um anti-prêmio, concedido sazonalmente de forma irônica para os países que “estão fazendo o máximo para atingir o mínimo”, segundo a instituição responsável pela seleção dos vitoriosos.
Um dos grandes motivos da escolha do Brasil foi a decisão do país de entrar na OPEP+, organização que reúne os países exportadores de Petróleo e aliados, indo na contramão da conferência que clama pelo término da dependência de combustíveis fósseis. Mas esse não foi o único motivo: um dia depois do término da COP 28 em 13 de dezembro, o Brasil promoverá o maior leilão de poços de petróleo em oferta permanente em sua história.
Serão leiloados 603 blocos, muitos em áreas consideradas ambientalmente frágeis como nas proximidades de Fernando de Noronha e do Atol das Rocas. Então as áreas leiloadas, além de serem futuras fontes de emissões de CO2, afetam unidades de conservação, terras indígenas e territórios quilombolas, desrespeitando todas as diretrizes ambientais da política nacional do meio ambiente e da própria Agência Nacional de Petróleo. Com informação do Uol