Custo com alimentação

Um levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva em parceria com a empresa VR revelou que as famílias da Classe C, que ganham entre R$ 5.200 a R$ 13 mil mensais, gastam em média um terço dos rendimentos com alimentação. Nas famílias da classe B, com renda de R$ 13 mil até R$ 26 mil, o percentual cai para 13,2%.

Nas classes D e E, com rendimentos entre R$ 1.300 e R$ 5.200, mais da metade do salário é comprometida com alimentação: 50,7%. “Hoje em dia já é mais de 50% do salário com alimentação. Pesa muito.

O custo tem aumentado, flutua um pouco, reduz alguns alimentos e aumenta em outros. Sinto que a maior parte do meu orçamento vai no mercado”, diz a assistência de administração Vanda Almeida. O terapeuta financeiro Reinaldo Domingos avalia que, apesar da diferença de impacto, há uma necessidade geral de educação financeira entre as classes.

“A inflação real da nossa vida, da nossa casa e da nossa família, no mínimo, foi de 15% a 20% ao ano. O que significa, então, que cada dia mais, a gente gasta mais dinheiro para comprar menos coisa. A gente acaba tendo uma necessidade de buscar por esse equilíbrio, ou seja, essa base de sustentação”, diz Reinaldo.