O derretimento de gelo na Antártida já é uma preocupação antiga, mas de uns tempos pra cá – mais precisamente, desde 2016 a situação tem piorado a níveis alarmantes. No início de 2023, o gelo chegou ao menor nível registrado — 17% abaixo da média. Em 2024, a extensão do gelo marinho segue despertando alertas.
Quando chega o inverno na Antártida, o gelo marinho se expande consideravelmente: de cerca de 3 milhões de quilômetros quadrados para 18 milhões, mais ou menos. Foi a primeira vez, dentre os registros que a extensão anual do gelo marinho não ultrapassou sequer os 17 milhões de quilômetros quadrados. Na verdade, essa taxa ficou mais de um milhão de quilômetros quadrados abaixo do recorde anterior de extensão mais baixa, estabelecido em 1986.
No ano passado, a instituição compartilhou a preocupação por causa do aquecimento dos oceanos: “Existe alguma preocupação de que este possa ser o início de uma tendência de declínio a longo prazo do gelo marinho da Antártida, uma vez que os oceanos estão a aquecer globalmente e a mistura de água quente na camada polar do Oceano Antártico poderá continuar”.
Fica o alerta de que o gelo marinho é um “componente importante do equilíbrio energético da Terra”. Uma das preocupações é que a costa fique exposta às ondas oceânicas e ao clima marinho, o que pode levar a dois impactos opostos: erosão do gelo costeiro mais perene e das plataformas de gelo, desestabilizando a camada de gelo; ou aumento do acúmulo perto da costa. Informação do Uol