Desenvolvimento da ciência no mundo

                                       Pesquisadora brasileira Angelita Habr-Gama 

Uma das cientistas mais premiadas do país, a pesquisadora brasileira e professora emérita da Universidade de São Paulo, Angelita Habr-Gama foi reconhecida pela Universidade de Stanford -EUA como uma das médicas que mais contribuíram para o desenvolvimento da Ciência no mundo. A universidade americana, em parceria com a Editora Elsevier BV, divulgou recentemente uma atualização da lista que representa os 2% de cientistas mais citados em várias disciplinas. O relatório foi preparado por uma equipe de especialistas liderada pelo professor John Ioannidis, professor eminente da Universidade de Stanford.

“Esse reconhecimento é um estímulo para os médicos e cientistas brasileiros, um estímulo para progressão na carreira de outras pesquisadoras”, diz Angelita ao Estadão. Segundo ela, a expectativa é de que reconhecimentos como esses sirvam de inspiração para outros cientistas trilhem caminhos parecidos, o que não é fácil. “É claro que tudo isso exigiu muito esforço, muito estudo e muita dedicação, mas a gente chega lá”, diz a médica, que atualmente também atua no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Fico muito honrada e muito satisfeita com o reconhecimento”, complementa.

Com relevantes trabalhos na área da Coloproctologia, área que estuda doenças do intestino grosso, do reto e do ânus, Angelita foi a primeira mulher residente em cirurgia geral no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Pioneira, criou a disciplina de Coloproctologia na mesma instituição e foi a primeira a chefiar o departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP.