Um grupo multidisciplinar de 16 cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Instituto de Ensino e Pesquisa Alberto Santos Dumont desenvolveu um invento que promete facilitar a identificação precoce da Esclerose Lateral Amiotrófica , reduzindo o tempo entre o surgimento dos sintomas e o diagnóstico. O equipamento propicia o monitoramento contínuo da progressão da ELA, possibilitando intervenções mais precisas e adaptadas às necessidades dos pacientes, estejam eles em ambientes clínicos, domiciliares ou ambulatoriais.
Dada sua originalidade, os pesquisadores realizaram a proteção intelectual e industrial através de um depósito de pedido de patente no mês de novembro, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sob o nome ‘Dispositivo de Coleta de Dados de EMGs e ACC, método de processamento dos dados e sistema para análise cinemática e de desempenho físico funcional de pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica’.
Uma das inventoras envolvidas, Ana Paula Mendonça Fernandes, mestranda do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia, identifica que o equipamento será utilizado como ferramenta para otimizar o diagnóstico de pessoas com ELA, poderá dar um melhor suporte para que profissionais de saúde prescrevam exercícios individualizados e específicos para a condição de cada paciente.
O projeto é fruto da dissertação feita por Fernandes, sob a orientação de Ana Raquel Rodrigues Lindquist, em uma parceria institucional entre a UFRN, no âmbito do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde unidade da Universidade localizada no Hospital Universitário Onofre Lopes e o INNELS.