O número de nordestinos que estão mais preocupados com a inflação e o custo de vida em comparação a outras prioridades do governo cresceu 60% nos últimos dois meses. Essa é uma das conclusões da última pesquisa RADAR FEBRABAN, realizada entre os dias 17 e 22 de abril.
O levantamento tinha apurado que, em fevereiro, essa percepção de prioridade para inflação e custo de vida atingia 5% dos entrevistados na região. Agora, em abril, esse percentual chegou a 8%.
A maior prioridade para os nordestinos segue sendo a saúde (34%), seguida de emprego e renda (27%) e educação (11%). Diante da pergunta sobre quais áreas a que o Governo Federal deveria dar mais atenção nos próximos meses, os entrevistados mencionaram ainda segurança (8%), fome e pobreza (5%), corrupção (3%) e meio ambiente, reforma tributária e políticas de incentivo ao crédito (todas com 1%).
“Nos primeiros meses do ano o humor e as expectativas dos nordestinos pouco se alteraram, permanecendo estáveis, mas com leve sinalização para baixo. Esse resultado é natural e reflete o sentimento de que os preços continuam impactando no seu bolso, mas que pode se reverter com a melhoria da situação econômica do país”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
Realizada entre os dias 17 e 22 de abril com 2 mil pessoas nas cinco regiões do país pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, esta edição do RADAR FEBRABAN mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia, gestão do governo e prioridades para o país. A publicação fez uma amostra representativa da população brasileira adulta, de 18 anos ou mais, com cotas de sexo, idade e localidade, e controle de instrução e renda.