Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum 10,2% entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Considerado um “câncer de terceira idade”, a doença afeta principalmente homens a partir dos 60 anos. Métodos diagnósticos têm contribuído para o aumento na expectativa de vida, com um percentual alto de chance de cura, atingindo 90% em casos de detecção precoce.
O Novembro Azul surgiu em 2003 em Melbourne, na Austrália, a partir da iniciativa de dois amigos que estavam se divertindo em um pub e cogitaram se ficariam bem de bigode, algo fora de moda na época. Então, inspirados pela campanha da mãe de um colega, que levantava fundos para o combate ao câncer de mama, os amigos tiveram a ideia de associar o bigode com a conscientização sobre a saúde masculina.
Eles escolheram o mês de novembro para deixar o bigode crescer, pois, no dia 17, já se comemorava o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata. Naquele ano, cerca de 30 amigos aceitaram participar da campanha e, como muita gente se interessava pelos bigodões, a história foi se espalhando. No ano seguinte, surgiu a Movember Foundation – o nome veio da junção das palavras moustache (“bigode”) e November (“novembro”) –, uma organização sem fins lucrativos que visava à arrecadação de fundos para o combate ao câncer de próstata.
Também foi criada uma plataforma online para receber doações, na qual os homens podiam compartilhar fotos da evolução de seus bigodes durante o mês. Com o passar dos anos, a campanha atraiu cada vez mais participantes e se espalhou para mais de 20 países, passando a ser conhecida também como “No-Shave November”, “novembro sem barbear”. O movimento chegou ao Brasil em 2008, trazido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em conjunto com a Sociedade Brasileira de Urologia.