Durante reunião na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, enviou uma proposta de atualização e aprimoramento do atual modelo de rotulagem nutricional no Brasil.
De acordo com a nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto, o modelo busca oferecer informação clara, simples e compreensível sobre alimentos e bebidas, tendo em vista a dificuldade dos consumidores para entender os rótulos.
A principal mudança apresentada no modelo de rotulagem proposto é a inclusão de um selo de advertência na parte da frente da embalagem de alimentos processados e ultraprocessados para indicar quando há excesso dos nutrientes críticos: açúcar, sódio, gorduras totais e saturadas, além da presença de adoçante e gordura trans em qualquer quantidade. Os produtos que tiverem essa advertência não poderão apresentar informação que transmita a ideia de que o alimento é saudável, nem utilizar comunicação mercadológica voltada ao público infantil, como personagens e desenhos. Os alimentos in natura, minimamente processados e ingredientes culinários, que devem fazer parte de uma alimentação adequada e saudável, não deverão ter nenhum tipo de advertência.