Em uma cerimônia sem discursos marcantes e politicamente omissa, coube à homenageada da noite, Meryl Streep, dar algum valor histórico à edição de 2017 do Globo de Ouro, que aconteceu neste domingo, em Los Angeles. “Mas quem somos nós? O que é Hollywood? Eu fui criada nas escolas públicas de Nova Jersey”, discursou a atriz, citando as diferentes origens e nacionalidades de seus colegas do showbiz.
Foi uma crítica elegante e comovente à xenofobia, crescente nos Estados Unidos que serão governados por Donald Trump, que prometeu deportar três milhões de imigrantes e construir um muro separando o país do México. “Se mandarmos todos os estrangeiros embora, não vamos ter nada o que assistir a não ser futebol e artes marciais. E isso não é o que a arte deve ser”. Streep ainda criticou as atitudes do futuro presidente, como quando ridicularizou um jornalista deficiente em um comício. Para uma plateia já chorosa, a atriz defendeu a imprensa na era da “pós-verdade”, em que a difusão de notícias falsas pelas redes sociais ganha relevo. Informações: Folhapress.