Uma série de operações realizadas pela polícia na Itália, entre março e abril, descobriu fábricas e oficinas chinesas improvisadas no país. Nos locais, trabalhadores, muitos imigrantes ilegais, recebiam salários baixíssimos para produzir bolsas de grifes.A situação chamou a atenção das autoridades quando promotores em Milão acusaram as marcas Dior e Armani de não supervisionarem adequadamente as próprias cadeias de suprimentos.
As apurações revelaram que os trabalhadores recebiam entre US$ 2 – equivalente a R$ 10,96 e US$ 3 – R$ 16,44 por hora. Além disso, os funcionários enfrentavam condições de trabalho precárias, incluindo jornadas extensas e falta de dispositivos de segurança para aumentar a produtividade. De acordo com o relatório das investigações, divulgado Wall Street Journal, em muitos casos, os trabalhadores também dormiam nas instalações para garantir a produção contínua durante 24 horas.
Em resposta às acusações, a Dior não se posicionou. Já a Armani negou qualquer irregularidade. A grife, inclusive, destacou que a empresa de produção interna “sempre manteve medidas de controle e prevenção para minimizar abusos na cadeia de suprimentos”. Com informação do Metrópoles