Os desenvolvedores da vacina russa Sputnik V enfim conquistaram o acesso ao mercado brasileiro na semana passada, mas a autorização dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que sejam importadas menos de 1 milhão de doses e com diversos requisitos para uso foi tão restritiva que alguns a comparam a uma repetição de testes finais para uso do imunizante.
A decisão da última sexta-feira da Anvisa, que estava sob pressão dos governadores e do Supremo Tribunal Federal após rejeitar a vacina russa contra a Covid-19 em abril, incluiu cerca de 20 restrições rigorosas para aplicação da vacina. Essas restrições atenuaram o impacto da aprovação e repetem uma recepção cautelosa da vacina russa entre muitos reguladores ocidentais, incluindo a Agência Europeia de Medicamentos e a própria Organização Mundial de Saúde, que ainda não deram seu aval à Sputnik.
Seis Estados brasileiros poderão importar, por enquanto, vacinas suficientes para imunizar 1% de sua população longe dos 37 milhões de vacinas encomendadas e sua aplicação será restrita a adultos em perfeitas condições de saúde. Antes de ser usada no Brasil, a vacina russa terá que ser analisada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, que irá atestar que todos os lotes que chegarem ao país estão dentro dos níveis de qualidade aceitáveis pela Anvisa. Informação portal Terra