Vendas em canais online

O Mercado Livre mais do que dobrou suas receitas no segundo trimestre, uma vez que seguiu se beneficiando do seu foco em América Latina, a região onde o comércio eletrônico mais cresce no mundo, ainda na esteira dos efeitos da pandemia. O maior portal latinoamericano de comércio eletrônico e pagamentos anunciou nesta quarta-feira que teve receita líquida de 1,7 bilhão de dólares entre abril e junho, alta de 102,6% sobre um ano antes.

Tal desempenho supera as projeções de analistas, que, na média, apontavam receita de 1,48 bilhão de dólares no período, segundo estimativas compiladas pela Refinitiv. Os números reforçam a percepção de especialistas de que, mesmo com a gradual retomada do varejo físico na América Latina, à medida que as campanhas de vacinação avançam na região, parte da migração das vendas para canais online vieram para ficar.

No fim de junho, a base total de usuários únicos do Mercado Livre era de 75,9 milhões, alta de 47,4% em 12 meses. No segundo trimestre, o volume de vendas -GMV do Mercado Livre foi de 7 bilhões de dólares, com expansão anual de 39,2% em dólar, movimento puxado por Brasil, Argentina e México, três dos cinco mercados onde o comércio eletrônico mais cresce no mundo, segundo pesquisa da consultoria eMarketer.

No Brasil, seu principal mercado, a receita líquida da companhia cresceu 101% em moeda constante, representando 55,9% da receita líquida total. As receitas também foram turbinadas pelo braço financeiro Mercado Pago, que processou 17,5 bilhões de dólares em pagamentos no trimestre, alta de 56,3%, com a transações fora do Mercado Livre chegando a 10,3 bilhões, avanço de 70,5%. O Mercado Pago representa 34,4% do faturamento da empresa no país. Informação IstoÉ Dinheiro